sábado, 19 de fevereiro de 2011

Mais um pingo xucro

Após horas e horas guiando os fletes para o cercado, o gurizote chega em casa. O sol ia se colocando num vermelho daqueles paralizantes, só acabando com o frenesi dos que miram, com a chegada da noite lobuna. Seu cansaço é ignorado, seus pais são ignorados, até o prato de comida é deixado de lado. Algo o atormenta demais para deixá-lo sentir a exaustão de seu corpo. Os pensamentos do malevo andam longito, e não envolvem cavallos, muito menos apostas. O motivo de tanta inquietação deste rapaz tem nome e tamanho. Uma China, mas uma China pra lá de guapa, beleza de fazer qualquer pingo xucro se curvar. O porquê de tanta revolta do gurizote? Ele é mais um pingo xucro que se curva, ao invés de domá-la.  

TOA

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