sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Dos enganos da beleza

Uma rosa de um vermelho encantador e laceros doloridos
Isolada em um manantial ou em uma cidadela qualquer
Pouco importa onde está, sua falta de essência é semelhante
Alimentada por um mistério, ou será que é realmente alimentada?
A natureza de ambos os locais reservaram toda sua beleza a pobre rosa
Fisionomia eterna, intacta, sempre com sua luxuosa decadência
Decadente de seus sentimentos cíclicos, decadente por todos os quases 
Assim vive machucando-se com seus próprios espinhos
Sempre encantadora aos olhos de quem vê
É uma maldição possuí-la
É um sacrilégio querer sua beleza
Sacrilégio, não por querer sua beleza
Sacrilégio por querer sua matéria
Eterna para quem a vê de longe
Podre, para os que foram além do olhar


TOA

2 comentários:

  1. Uma poética boa, contendo um duplo sentido.
    Faça uma retrospectiva vc mesmo, nos seus escritos, e maravilhe-se com sua evolução.
    Esse galo tá começando a cantar!

    Ui!

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  2. maragato, não achei que ia me arrepiar tão cedo lendo um troço teu.
    quero ver tu dizer que esse tb é sobre a tua cadela.

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